Profª de Filosofia e Sociologia da Rede Estadual de Goiás desde 2010.
"Quem educa com carinho e seriedade, educa para sempre".
Comece onde você está. Use o que você tem. Faça o que puder.
 

[1ª Série]Sociologia: Processos Sociais

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Olá alunos! Como nosso calendário sofreu modificações por conta das programações diferenciadas nesta semana, posto aqui o texto que, para a próxima aula, vocês deverão ter nos cadernos. A explicação deste conteúdo farei na próxima aula.

Profª. Karoline
Processos Sociais



1.1 Cooperação

1. Associativos
1.2 Acomodação


1.3 Assimilação
Processos sociais







2. Dissociativos
2.1 Competição


2.2 Conflito

1. Associativos: estabelecem formas de cooperação, convivência e consenso no grupo. Geram laços de solidariedade.
1.1 Cooperação: reunião de vizinhos para resolver um problema em comum e mutirão de limpeza na escola, feito por alunos e professores.


1.2 Acomodação: o indivíduo ou o grupo social se ajusta a uma situação ou ao modo de vida de um grupo dominante para não gerar conflitos. Ex.: Escravos do período colonial brasileiro. Estes nunca aceitaram a situação de servidão, apenas se acomodaram à dominação e sempre que podiam se rebelavam.


1.3 Assimilação: processo de ajustamento pelo qual indivíduos ou grupos antagônicos (opostos) tornam-se semelhantes, havendo transformações internas nos indivíduos ou grupos. Exemplo: imigrante que se integra à sociedade que o acolhe.
                                                                                                                                            
2. Dissociativos: processos sociais que geram divergências, oposição e conflitos que podem se manifestar de diferentes modos.


2.1 Competição: uma forma de interação que envolve luta ou disputa por bens limitados ou escassos que tende a excluir o uso da força e violência. Ex.: vencer um torneio esportivo, ser o primeiro da classe, passar no vestibular, vencer um concurso etc.


2.2 Conflito: consiste em uma luta por bens, valores ou recursos escassos, na qual o objetivo é neutralizar ou aniquilar os oponentes. Pode empregar em maior ou menor grau o uso da força e da violência. Ex.: Abolição da escravatura no Brasil e nos EUA, terrorismo (forma extrema), greves (conflitos entre patrões e empregados), disputas de terra entre latifundiários e trabalhadores rurais.

[2ª Série] Filosofia: Ideologia

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Às turmas que eu não pude passar o texto introduz o tema deste início de bimestre, coloco-o aqui.

Prfª Karoline

Ideologia

Ideologia é o conjunto de ideias, conceitos e comportamentos que prevalecem sobre uma sociedade. Seu objetivo é encobrir as divisões existentes na sociedade e na política, mostrando uma forma maquiada de indivisão.

A ideologia funciona invertendo os efeitos e as causas, resultando em imagens e sintomas, produzindo uma utopia (ilusão) social, usando o silêncio para encobrir a incoerência.

Podemos exemplificar a ideologia com as afirmações de que: o adultério é crime, que o homossexual é pervertido e que o futebol é coisa do homem. O que a ideologia encobre? Encobre o vínculo entre compromisso e sexo, no primeiro caso. Encobre o preconceito pela escolha sexual diferente e o uso do sexo para prazer e não para procriar, no segundo caso. E também a discriminação ainda existente com o sexo feminino, no último caso.

Papel social da Ideologia:

Na perspectiva marxista, a ideologia é um conceito que denota "falsa consciência": uma crença mistificante que é socialmente determinada e que se presta a estabilizar a ordem social vigente em benefício das classes dominantes. Quando a ideologia da classe dominante sofre sérios abalos, devido ao surgimento de conflitos sociais (contradições sociais), há riscos de ocorrer uma ruptura da ordem social vigente por um movimento revolucionário.

Historicamente, a burguesia também foi uma classe revolucionária que rompeu com a ordem social do feudalismo e impôs o modo de produção capitalista. Portanto, Marx argumenta que na ordem social capitalista, o proletariado, ou seja, todos aqueles que não são proprietários dos meios de produção e precisam vender sua força de trabalho para sobreviver - são os sujeitos depositários da esperança de uma ruptura revolucionária.

Para que isso ocorra, entretanto, o proletariado precisa primeiramente romper com a ideologia burguesa. E isso só se torna possível quando ele toma consciência de sua condição de classe dominada e explorada.

[1ª Série] Filosofia: Liberdade

Começamos efetivamente os conteúdos do 4º bimestre, última etapa da nossa caminhada neste ano de 2011. Iniciamos esta etapa falando sobre Liberdade, um tema complexo filosoficamente, mas que todo ser humano tem a esperança de alcança-la. 

Mas o que é liberdade? Nesta semana vimos que ter liberdade não é exatamente poder fazer tudo o que quer, não é ter liberdade absoluta, uma vez que nós seres humanos somos limitados e também estamos sujeitos a condições que independem da nossa vontade.

O texto abaixo engloba as nossas discussões e pode complementar, de forma mais simples e resumida, o conteúdo de nossa apostila. Boa leitura e bons estudos!
Profª Karoline



Liberdade

De uma forma geral, a palavra "liberdade" significa a condição de um indivíduo não ser submetido ao domínio de outro e, por isso, ter pleno poder sobre si mesmo e sobre seus atos.

O desejo de liberdade é um sentimento profundamente arraigado no ser humano. Situações como: a escolha da profissão, o casamento e o compromisso político ou religioso, fazem o homem enfrentar a si mesmo e exigem dele uma decisão responsável quanto a seu próprio futuro.

A capacidade de raciocinar e de valorizar de forma inteligente o mundo que o rodeia, é o que confere ao homem o sentido da liberdade entendida como plena expressão da vontade humana.

Teorias filosóficas e políticas, de todos os tempos, tentaram definir liberdade quanto a determinações de tipo biológico, psicológico, econômico, social etc. As concepções sobre essas determinações, nas diversas culturas e épocas históricas, tornam difícil definir com precisão a idéia de liberdade de uma forma generalizada.

Do ponto de vista legal, o indivíduo é livre quando a sociedade não lhe impõe nenhum limite injusto, desnecessário ou absurdo. Uma sociedade livre dá condições para que seus membros desfrutem, igualmente, da mesma liberdade. Em 1948, a Assembleia Geral das Nações Unidas adotou a Declaração Universal dos Direitos Humanos, que engloba os direitos e liberdade que a Organização das Nações Unidas (ONU) considera que devam ser os objetivos de todas as nações.

A liberdade se manifesta à consciência como uma certeza primária que perpassa toda a existência, especialmente nos momentos em que se deve tomar decisões importantes e nos quais o indivíduo sente que pode comprometer sua vida.

O consenso universal reconhece a responsabilidade do indivíduo sobre suas ações em circunstâncias normais, e em razão disso o premia por seus méritos e o castiga por seus erros. Considerar que alguém não é responsável por seus atos implica diminuí-lo em suas faculdades humanas, uma vez que só aquele que desfruta plenamente de sua liberdade tem reconhecida sua dignidade.

O homem tende a exercer a liberdade em todas as ações externas. Quando elas são cerceadas, frustram-se o crescimento e o desenvolvimento do indivíduo e desprezam-se seus direitos e sua dignidade. Entretanto, apesar de toda a violência externa (e em certo grau também as pressões internas), as pessoas são muitas vezes capazes de manter a liberdade de arbítrio sobre seus atos internos (pensamentos, desejos, amor, ódio, consentimento moral ou recusa), preservando assim sua integridade e dignidade, como acontece com pessoas submetidas a situações extremas de privação de liberdades.

Foram as próprias dificuldades teóricas inerentes ao conceito de liberdade que levaram as ciências humanas e sociais a preferirem o termo plural e concreto "liberdades" ao ideal absoluto de "liberdade". Assim, deixando de lado a discussão especificamente filosófica e psicológica, considera-se, cada vez mais, a liberdade como soma das diversas liberdades específicas. Fala-se correntemente em liberdades públicas, políticas, sindicais, econômicas, de opinião, de pensamento, de religião etc. Embora tal procedimento não resolva o problema teórico da natureza da liberdade, pelo menos possibilita avançar na reflexão e nos esforços para ampliar, cada vez mais, o exercício de uma faculdade de importância primordial na vida dos homens e das sociedades.