O Taylorismo
O taylorismo é um sistema de relações de trabalho elaborado com base nos
estudos do norte-americano Frederick W. Taylor (1856-1915). Os
princípios tayloristas de produtividade e tempo útil já se encontravam
nos escritos de Adam Smith, de 1776. Taylor apenas aperfeiçoou essas
concepções, utilizando-se de um sofisticado sistema de controle.
“O taylorismo pretende-se um método científico de racionalizar a
produção, economizando tempo mediante a eliminação ao máximo de gestos e
atitudes improdutivas.”
Segundo Taylor, a produção dependia muito da boa vontade do trabalhador. Como só trabalhava porque era obrigado, o trabalhador, sempre que não estava sob o olhar do patrão ou do contramestre, fazia "corpo mole" e "matava o serviço".
Para aumentar a produção e garantir ao capitalista a expansão de seu mercado e de seus lucros, era preciso quebrar a prática da indolência e da preguiça entre os trabalhadores. Para isso, Taylor propunha aperfeiçoar a já existente divisão entre o trabalho intelectual de planejamento, concepção e direção e o trabalho manual da produção direta. A função do trabalho intelectual era eliminar qualquer autonomia do trabalhador braçal na produção. Taylor sugeria o estudo detalhado de todas as operações de produção, decompondo as tarefas em movimentos elementares e ritmados pela velocidade da máquina. O ritmo da máquina deveria ser cronometrado, sendo esse o tempo produtivo do trabalhador.
O Fordismo
O Fordismo, introduzido por Henry Ford (1886-1947) na fabricação em
massa de automóveis, foi uma continuidade do taylorismo. Sua principal
inovação – a linha de montagem – consistia na inclusão de uma esteira
rolante que transportava as peças eram transportadas até ele, o
trabalhador se confundia com a própria maquina e era obrigado a manter
um ritmo-padrão de tempo e de produção. Esse método exigia apenas
atividade motora e dispensava qualquer possibilidade de iniciativa
própria.
Ford despersonalizou a tal ponto o trabalhador que, mesmo tendo-se elevado os salários, verificou-se um alto índice de rotatividade nas fábricas. Tornada insuportável a vida dentro da produção, o trabalhador, sempre que encontrava oportunidade, pressionava para obter maiores salários ou demitia-se.
Dissumandos em "progresso tecnológico", o taylorismo e o fordismo ainda hoje brutalizam o trabalhador, reduzindo-o a um mero autônomo cumpridor de ordens e de ritmos estranhos à sua vontade e à sua natureza. Ambos são formas de organização da produção que se encontram disseminadas em praticamente todos os tipos de trabalho, como nos grandes escritórios, nos bancos, etc.
A melhor crítica aos métodos idealizados por Taylor e Ford encontra-se no filme Tempos Modernos, de Charles Chaplin.
TRABALHO E ALIENAÇÃO
O trabalho nas sociedades industriais é sinônimo cada vez mais de
alienação do homem em relação à sua natureza. O homem moderno, apesar de
haver conquistado uma série de direitos e liberdades, de certa forma
guarda alguma semelhança com a alienação do escravo ou do servo.
Aquilo que o trabalhador produz tem mais importância que ele, produtor. A
mercadoria que define as suas condições de vida e de trabalho, define,
enfim, a sua identidade.
A alienação é, portanto, o processo da coisificação do homem por meio do trabalho.
A REALIZAÇÃO NO MERCADO CONSUMIDOR
É comum ouvirmos que realização significa “vencer na vida”. E esse
“vencer” é basicamente acumular bens materiais e ostentar poder. É
“vencedor” aquele sujeito que possui carro do ano, veste-se com as
melhores grifes e, de preferência, frequenta os locais badalados.
A obsessão pelo vencer – que é a mesma pelo poder – é uma das principais
doenças das sociedades modernas. O consumismo egocêntrico transformam o
mundo em um ringue de boxe – vence o mais forte ou o mais esperto.
"À medida que a esfera do trabalho se alarga, a do riso diminui" - Octavio Paz